O economista norte-americano Paul Krugman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia, declarou recentemente que o Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, pode representar o modelo do futuro para o dinheiro no mundo. A fala foi publicada em sua coluna no The New York Times e rapidamente ganhou repercussão global.

Krugman destacou que, enquanto diversos países ainda enfrentam dificuldades para modernizar seus sistemas financeiros, o Brasil criou uma solução prática, acessível e de altíssimo alcance. Segundo ele, o Pix consegue entregar benefícios que muitas inovações tecnológicas — como as criptomoedas — ainda não conseguiram viabilizar na prática.

Hoje, o Pix é utilizado por mais de 90% da população adulta brasileira e movimenta bilhões de reais diariamente. Com transferências em tempo real, operação gratuita para pessoas físicas e baixíssimo custo para empresas, o sistema tem servido como exemplo para bancos centrais de outros países que estudam implementar plataformas semelhantes.

Para Krugman, a experiência brasileira mostra que é possível construir soluções públicas de alto impacto sem depender da iniciativa privada ou de tecnologias descentralizadas. Ele também criticou países que, por razões políticas ou ideológicas, ainda resistem a adotar ferramentas semelhantes, mesmo com evidências claras de sucesso como o caso brasileiro.

A fala do economista reforça o papel do Brasil como referência em inclusão financeira digital, e pode abrir caminho para o reconhecimento internacional do Pix como uma das maiores inovações públicas da última década.

Enquanto isso, o Brasil segue desenvolvendo seu ecossistema digital de pagamentos. Uma das próximas etapas envolvem projetos como a moeda digital Drex, prevista para funcionar integrada ao Pix e expandir o alcance das transações instantâneas.