


O que acontece no Brasil e no mundo
maio 30, 2025
No final de abril de 2025, Portugal, Espanha, Andorra e partes da França enfrentaram um apagão de grandes proporções. Em questão de minutos, cerca de 15 gigawatts saíram do sistema — energia suficiente para abastecer São Paulo por cinco horas. O motivo? Um desequilíbrio gerado, ironicamente, pelo excesso de energia solar.
Com uma matriz altamente dependente de fontes renováveis intermitentes, como a solar e a eólica, a Península Ibérica sofreu com a falta de energia firme — aquela que pode ser acionada de forma estável e previsível. O resultado foi um colapso momentâneo que deixou milhões sem energia.
Esse tipo de situação, porém, não aconteceria no Brasil. Aqui, mais de 60% da nossa energia elétrica vem de fontes hidráulicas. As hidrelétricas funcionam como verdadeiras “baterias naturais”, que podem ser ligadas ou desligadas conforme a demanda, garantindo equilíbrio e segurança ao sistema.
Além disso, o sistema elétrico brasileiro é altamente interligado e flexível. Em momentos de crise, consegue redistribuir energia de forma rápida e eficaz, evitando apagões em larga escala.
O caso europeu reforça a importância de não apenas investir em energia limpa, mas também planejar uma matriz energética equilibrada. O Brasil, com sua experiência em gestão hidrelétrica, mostra que é possível crescer com sustentabilidade sem comprometer a estabilidade.