


Curiosidades
agosto 19, 2025
Nos últimos 20 anos, houve um fenômeno alarmante: 21% dos oceanos do planeta ficaram visivelmente mais escuros, segundo recentes estudos globais. Essa mudança se traduz em menor penetração da luz solar e lunar na água — especialmente na chamada “zona fótica”, que abriga quase 90% da vida marinha e é vital para processos como fotossíntese, reprodução e alimentação.
Em uma área comparável ao tamanho da África, a profundidade dessa camada fez-se 50 metros menor, e em cerca de 2,6% dos oceanos, a redução chegou a impressionantes 100 metros. Esse encolhimento pressiona os organismos que dependem de luz, forçando-os a migrar para regiões menos favoráveis ou competir por recursos escassos próximos à superfície.
As causas variam conforme a região. Nas áreas costeiras, o escurecimento é atribuído ao excesso de sedimentos, nutrientes e proliferação de fitoplâncton — tudo fruto de poluição e desgastes ligados às atividades humanas. Já em alto mar, mudanças na circulação oceânica, aquecimento e alterações nas comunidades de plankton influenciam diretamente essas alterações na cor e clareza da água.
Essa perda de luz na água não é apenas estética — impacta toda a regulação de carbono, oxigênio e ciclos alimentares marinhos. Com menos luz, os ecossistemas perdem resiliência e podem entrar em colapso, com efeitos diretos para a pesca, biodiversidade e até o clima global.