O uso crescente de ferramentas como o ChatGPT está transformando a forma como buscamos e processamos informações. No entanto, especialistas alertam que a utilização acrítica desses recursos pode gerar um perigoso comodismo intelectual. Quando o usuário aceita respostas automatizadas sem questionar premissas, verificar dados ou buscar outras fontes, corre o risco de se acomodar cognitivamente, limitando seu aprendizado efetivo.

Por outro lado, quando a inteligência artificial é utilizada de forma consciente e estratégica, pode se tornar um instrumento valioso para ampliar o pensamento. Ao servir como apoio para estimular pesquisas, estruturar ideias, analisar contextos e provocar reflexão, a IA contribui para o desenvolvimento intelectual e para a construção de conhecimento mais sólido.

A diferença está na intenção e no modo de uso. A tecnologia em si não é o problema, mas sim a postura adotada diante dela. Usada como atalho para evitar esforço, a IA tende a reduzir a capacidade de pensamento crítico e de aprendizado profundo. Já quando empregada como complemento ao raciocínio humano, abre espaço para a criatividade, a curiosidade e a exploração de novas perspectivas.

No cenário atual, em que a informação circula em alta velocidade, saber filtrar, analisar e validar dados é tão importante quanto acessá-los. A inteligência artificial, se bem aproveitada, pode ser uma parceira nesse processo, mas nunca um substituto do pensamento humano.