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agosto 04, 2025
Entre os dias 27 e 29 de julho de 2025, representantes dos Estados Unidos e da China se reuniram em Estocolmo, na Suécia, para mais uma rodada de negociações bilaterais com o objetivo de prorrogar a atual trégua tarifária, que expira no próximo dia 12 de agosto.
O encontro, realizado no edifício Rosenbad — sede do governo sueco —, foi a terceira reunião em menos de três meses, após os diálogos em Genebra e Londres. A delegação americana foi liderada pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, e a chinesa pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng.
Desde maio, os EUA mantêm tarifas de cerca de 30% sobre produtos chineses, enquanto a China reduziu suas tarifas para aproximadamente 10% sobre bens americanos. Essa trégua temporária tem como foco evitar uma nova escalada na guerra comercial, que em abril registrou tarifas de até 145%, ameaçando cadeias de produção em todo o mundo.
O que está em jogo? As negociações buscam estender a trégua por mais 90 dias, preservando as tarifas reduzidas atuais. Também entraram na pauta exigências dos EUA quanto ao controle chinês de precursores químicos usados na produção de fentanil, tema sensível para Washington, que pede a redução de uma tarifa específica de 20% relacionada ao assunto.
Além disso, os dois países discutem a possibilidade de uma cúpula entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, prevista para o final de 2025. A extensão do acordo serviria como base para conversas mais profundas entre os líderes, com potencial para redefinir os termos do comércio bilateral.
Especialistas do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) avaliam que a renovação do acordo nos moldes atuais é o caminho mais provável no curto prazo, favorecendo a estabilidade dos mercados. A sinalização positiva já provocou reações otimistas: os índices futuros da bolsa americana registraram alta após a reunião, reforçada pelo recente pacto comercial entre Estados Unidos e União Europeia, que incluiu uma tarifa padrão de 15% e novos investimentos bilaterais.