


Cultura e Estilo de Vida
julho 08, 2025
Naoshima, uma pequena ilha no Japão, passou de território degradado e quase abandonado a um dos destinos mais admirados da arte contemporânea no mundo. Localizada no Mar de Seto, a ilha sofreu com poluição industrial e perda de moradores por décadas, até que um projeto ousado mudou seu destino.
Nos anos 1990, a família Fukutake, ligada ao setor editorial japonês, iniciou uma transformação cultural em parceria com o renomado arquiteto Tadao Andō. Nascia ali o Benesse Art Site Naoshima, um complexo de museus, instalações artísticas e intervenções que integram arte e natureza.
Hoje, a ilha abriga locais como o museu Benesse House, o famoso Museu Chichu e a escultura da abóbora amarela de Yayoi Kusama, que se tornou ícone da região. Ruas, casas antigas e até um antigo consultório odontológico foram convertidos em espaços de arte, atraindo turistas do mundo todo.
A cada edição do festival Trienal de Setouchi, cerca de 1 milhão de pessoas visitam Naoshima, impulsionando a economia local. Nos últimos cinco anos, mais de 500 novos moradores decidiram viver na ilha, atraídos pela tranquilidade, criatividade e qualidade de vida.
O sucesso de Naoshima mostra como a arte pode revitalizar territórios esquecidos, trazendo não só turismo, mas também identidade, pertencimento e esperança para seus habitantes.