O avanço acelerado da inteligência artificial está moldando o futuro da economia global, mas a América Latina corre o risco de ser deixada para trás. A ausência de políticas públicas, investimentos em inovação e formação de mão de obra qualificada pode ampliar ainda mais as desigualdades entre a região e os países mais desenvolvidos.

Especialistas como o cientista político Eduardo Viola, da FGV, apontam que a América Latina tem baixo protagonismo no cenário tecnológico e pode se tornar cada vez mais dependente das grandes potências. Enquanto Estados Unidos, Europa e China lideram o desenvolvimento da IA, países latino-americanos enfrentam obstáculos para acompanhar esse ritmo.

O impacto vai além do setor tecnológico: a desigualdade digital pode afetar diretamente o mercado de trabalho, o acesso à educação e as oportunidades econômicas, aprofundando os desafios sociais e econômicos já existentes na região.