A Europa enfrenta uma das ondas de calor mais intensas dos últimos anos. Países como Espanha, Itália, França, Grécia e Portugal registram temperaturas superiores a 40 °C, com cidades em estado de alerta e impactos graves na saúde pública, no meio ambiente e na economia.

O fenômeno é causado por uma “cúpula de calor” — um sistema de alta pressão que aprisiona o ar quente por vários dias. Esse padrão climático, somado ao agravamento das mudanças climáticas, vem provocando eventos cada vez mais extremos, prolongados e destrutivos.

Entre os efeitos mais preocupantes, estão os casos de exaustão térmica e mortes relacionadas ao calor. Até o momento, já foram confirmadas pelo menos oito mortes na Espanha, França e Itália. Hospitais vêm registrando aumento de atendimentos, principalmente entre idosos e pessoas com doenças crônicas.

O calor extremo também favorece incêndios florestais em diversas regiões do Mediterrâneo, forçando evacuações e destruindo áreas naturais. Ao mesmo tempo, o consumo de energia disparou, pressionando os sistemas elétricos e elevando os preços da energia. Usinas e meios de transporte que dependem de rios também estão sendo afetados pela queda no nível da água.

Na economia, o impacto já é sentido. Estimativas apontam que a onda de calor pode reduzir o crescimento econômico da Europa em até 0,5 ponto percentual neste ano. Na Espanha, as perdas podem ultrapassar 1,4 ponto percentual.

As autoridades locais recomendam cuidados básicos: evitar exposição ao sol nos horários mais quentes, manter-se hidratado, procurar ambientes ventilados e acompanhar os alertas meteorológicos. A onda de calor continua ativa, sem previsão de alívio imediato.