Os Estados Unidos anunciaram que vão interromper o compartilhamento internacional de dados coletados por seus satélites meteorológicos militares, medida que deve ser implementada até o final de julho de 2025. A justificativa oficial é a necessidade de reduzir riscos de cibersegurança, mas a decisão já gera preocupação na comunidade científica e meteorológica.

Esses dados, que incluem informações sobre tempestades, furacões, gelo marinho e mudanças climáticas, eram amplamente utilizados por centros civis de pesquisa em todo o mundo. Em especial, os modelos climáticos que dependem de medições de micro-ondas para prever padrões atmosféricos serão os mais afetados.

Meteorologistas alertam que a ausência desse fluxo de informações pode causar uma queda mensurável na precisão das previsões, prejudicando desde o acompanhamento de fenômenos extremos até estudos sobre o aquecimento global. Em regiões vulneráveis a tempestades e furacões, a redução na qualidade das previsões pode significar menos tempo para preparação e resposta a emergências.

Até agora, a rede de dados meteorológicos internacionais se baseava em uma forte cooperação entre países, permitindo que informações de diferentes satélites e sistemas fossem combinadas para gerar análises mais completas. A decisão dos EUA rompe parcialmente esse modelo colaborativo, criando um desafio adicional para pesquisadores e órgãos de proteção civil em várias partes do mundo.