As políticas de nacionalidade e imigração em países europeus estão passando por mudanças significativas. Itália, Portugal e Reino Unido — destinos comuns para brasileiros — começaram a restringir o acesso à cidadania e dificultar processos de residência e legalização.

Na Itália, o governo de extrema direita propôs um projeto para revogar a chamada jus scholae, que permitiria a naturalização de jovens estrangeiros que estudaram por anos no país. Além disso, descendentes de italianos têm enfrentado processos mais lentos e exigências mais rigorosas, especialmente nos consulados.

Portugal, que vinha facilitando a cidadania para netos de portugueses e promovendo leis pró-imigrantes, alterou o entendimento sobre o período de residência necessário para obter nacionalidade. Agora, o tempo de espera só começa a contar após o visto ou residência ser oficialmente aprovado, não mais desde a data do pedido — o que pode representar anos a mais de espera.

Já no Reino Unido, novas regras imigratórias endureceram as exigências de renda para vistos de trabalho e reunificação familiar. Desde abril de 2024, a renda mínima exigida passou a ser de £ 29.000 por ano. O governo britânico confirmou que esse valor aumentará para £ 38.700 ainda em 2025, como parte de um pacote para conter a imigração. Isso afeta diretamente casais formados por brasileiros e britânicos, que precisarão comprovar renda mais alta para permanecer juntos no país.

Essas mudanças afetam diretamente brasileiros que planejam morar fora ou conquistar a tão sonhada dupla cidadania, tornando ainda mais importante o planejamento e a assessoria especializada.