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agosto 28, 2025
A China anunciou planos para construir a maior hidrelétrica do mundo no rio Yarlung Tsangpo, que atravessa o Himalaia e segue em direção à Índia. O empreendimento promete gerar mais energia do que Itaipu e a represa das Três Gargantas, mas desperta preocupação em Nova Délhi, que teme impactos diretos no abastecimento de água para milhões de pessoas.
Autoridades indianas afirmam que Pequim não tem sido transparente quanto aos efeitos ambientais e sociais da obra. Há receio de que o controle sobre o fluxo do rio possa ser usado como instrumento de pressão política, num contexto em que a água se torna recurso estratégico.
Especialistas destacam que o projeto vai muito além da geração de energia. Ao controlar um ponto-chave do rio na região de fronteira, a China poderia influenciar não apenas o fornecimento de água, mas também atividades agrícolas e industriais no território indiano. A disputa se soma a um histórico de tensões, que inclui conflitos militares e rivalidade diplomática.
Com a crescente demanda global por água e energia, a construção dessa hidrelétrica pode se tornar mais um capítulo nas disputas geopolíticas que moldam o século XXI, reforçando a necessidade de diálogo e acordos internacionais para a gestão de recursos compartilhados.