O Brasil segue como principal fornecedor de café para os Estados Unidos, respondendo por cerca de um terço de todo o café importado. Em 2024, foram embarcadas aproximadamente 8,1 milhões de sacas, participação que garante presença dominante nas torrefações americanas. As características únicas do café brasileiro — corpo, acidez suave e notas adocicadas — fazem dele peça-chave nos blends consumidos no país.

Em agosto de 2025, os EUA aplicaram uma tarifa de 50% sobre o café brasileiro, provocando atrasos em embarques e gerando custos adicionais para exportadores. Importadores americanos também têm enfrentado dificuldade para encontrar alternativas, já que fornecedores como Colômbia, países da América Central e Vietnã não dispõem de estoques suficientes no momento e, em alguns casos, cobram preços mais altos.

A medida tarifária afeta diretamente produtores brasileiros, sobretudo os pequenos, que enfrentam incertezas para redirecionar suas vendas. Ao mesmo tempo, os consumidores americanos podem sentir impacto nos preços, já que cerca de 76% da população consome café regularmente.

Enquanto isso, o Brasil tenta negociar a redução da tarifa e ampliar mercados alternativos, como a China, que recentemente autorizou a exportação por mais de 180 empresas brasileiras. Ainda assim, nenhum outro destino se aproxima do volume movimentado com os Estados Unidos.