Quando o assunto é casamento para fins de imigração, cada detalhe faz diferença. Um ponto que costuma gerar dúvidas é a utilização da procuração no processo de habilitação ou celebração. Embora no Brasil seja legalmente possível casar por procuração, essa prática pode trazer sérias complicações em processos de imigração em outros países.

Isso acontece porque muitas autoridades estrangeiras exigem a participação efetiva dos noivos na cerimônia, entendendo que o casamento só é válido se ambos estiverem presentes no ato. Quando a certidão traz a anotação de que o casamento foi realizado por meio de representante, é comum que consulados, tribunais ou departamentos de imigração questionem ou até mesmo recusem o reconhecimento do casamento para fins de visto, residência ou cidadania.

Esse detalhe, muitas vezes desconhecido pelos noivos, pode atrasar processos, gerar custos adicionais e até comprometer planos de mudança de país ou de regularização da vida em família no exterior.

A boa notícia é que existe uma alternativa segura: o casamento online com videoconferência, regulamentado no Brasil. Nesse modelo, os noivos participam diretamente da cerimônia, assinam a documentação e constam como presentes no ato, o que aumenta consideravelmente a aceitação internacional.

Se o objetivo é utilizar o casamento em processos de imigração, é fundamental estar atento à forma como ele será celebrado. Algumas empresas vendem a ideia de casamento online, mas na prática utilizam procurações, o que pode gerar sérios riscos de não reconhecimento fora do Brasil. Já o casamento online verdadeiro, feito com a participação direta dos noivos, oferece segurança jurídica e evita complicações futuras.